Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes

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Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes (Rio de Janeiro, RJ, 19 de outubro de 1913 - 9 de julho de 1980). Poeta e compositor brasileiro.

Chovia forte na madrugada de 19 de outubro de 1913, no antigo nº 114 (casa já demolida) da rua Lopes Quintas, na Gávea, Rio de Janeiro, ao lado da chácara de seu avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz. Seus pais: dona Lydia Cruz de Moraes e seu Clodoaldo Pereira da Silva Moraes. O pai era sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José de Mello Moraes.

Começou a carreira como diplomata, mas a abandonou para se dedicar à arte. Compôs com muitas pessoas do movimento da bossa nova.

O parceiro com o qual demorou mais tempo foi Toquinho.

Frases célebres:

* O uísque é o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado.
* As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental.

Sua obra poética se confunde um pouco com sua obra musical, pois alguns poemas foram gravados em música, pelo próprio Vinícius ou por outros músicos. É o caso do Soneto de Fidelidade, que é declamado por Vinícius na música Eu sei que vou te amar, em gravação feita em dueto com Maria Creusa, lançada em abril de 1972. E o poema Rosa de Hiroshima foi gravado pelo grupo Secos e Molhados e posteriormente por Ney Matogrosso.
ALGUMAS POESIAS
Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
OBRA MUSICAL
A arca de Noé
A felicidade
A flor da noite
A porta
A tonga da mironga do kabuletê (com Toquinho)
Água de beber
Algum lugar
Amigos meus
Amor em paz
Arrastão
Às cores de abril (com Toquinho)
Ausência
Berimbau
Bom dia, amigo
Bom dia, tristeza
Broto triste
Caminho de pedra
Canção da canção que nasceu
Canção da noite
Canção do amanhecer
Canção do amor ausente
Canção do amor demais
Canção do amor e paz
Canto de Ossanha (com Baden Powell)
Canto de Oxum
Canto de Xangô
Canto triste
Carta ao Tom 74
Chega de saudade
Chora coração
Chorando pra Pixinguinha
Coisa mais linda
Como dizia o poeta (com Toquinho)
Consolação
Cotidiano nº 2 (com Toquinho, da novela O bem amado, da Rede Globo de Televisão, 1973)
Deixa
Ela é carioca
Estrada branca
Eu não tenho nada a ver com isso
Eu sei que vou te amar (com Antonio Carlos Jobim)
Formosa
Garota de Ipanema
Gente humilde (com Garoto e Chico Buarque)
Insensatez (com Antonio Carlos Jobim)
Janelas abertas
Labareda
Lamento
Lamento de um homem só
Lamento no morro
Lembre-se
Loura ou morena (com Haroldo Tapajós)
Luciana
Mais um adeus (com Toquinho)
Marcha da quarta-feira de cinzas (com Carlos Lyra)
Maria
Medo de amar
Menina das duas tranças
Menininha
Meu pai Oxalá (com Toquinho, da novela O bem amado, da Rede Globo de Televisão, 1973)
Minha namorada (com Carlos Lyra)
Modinha
Morena flor (com Toquinho)
Mulher carioca
Mulher, sempre mulher
No colo da serra (com Toquinho, da novela O bem amado, da Rede Globo de Televisão, 1973)
O astronauta
O bem-amado (com Toquinho, da novela O bem amado, da Rede Globo de Televisão, 1973)
O filho que eu quero ter (com Toquinho)
O grande amor
O morro não tem vez
O nosso amor
O pato
O poeta aprendiz
O tempo da flor
O velho e a flor (com Toquinho)
Onde anda você (com Hermano Silva)
Outra vez
Paiol de pólvora (com Toquinho, da novela O bem amado, da Rede Globo de Televisão, 1973)
Para viver um grande amor (com Toquinho)
Patota de Ipanema (com Toquinho, da novela O bem amado, da Rede Globo de Televisão, 1973)
Pela luz dos olhos teus
Pobre menina rica
Por toda a minha vida
Pra que chorar
Primavera
Rancho das namoradas (com Ary Barroso)
Regra três (com Toquinho)
Rosa dos Ventos
Sabe você
Samba da benção (com Baden Powell)
Samba da rosa
Samba da volta (com Toquinho)
Samba do avião
Samba do carioca
Samba do Pouso
São demais os perigos desta vida (com Toquinho)
Se o amor pudesse
Se o amor quiser voltar (com Toquinho, da novela O bem amado, da Rede Globo de Televisão, 1973)
Se todos fossem iguais a você
Se você disser que sim
Sei lá (A vida tem sempre razão)
Sem você
Serenata do adeus
Só danço samba
Só por amor
Tarde em Itapoan (com Toquinho)
Tatamirô
Teleco-teco
Tem dó
Testamento (com Toquinho)
Um nome de mulher
Um pouco mais de consideração (com Toquinho, da novela O bem amado, da Rede Globo de Televisão, 1973)
Uma rosa em minha mão
Valsa de Eurídice
Valsa do bordel
Valsa para uma menininha
Valsinha